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Últimos Refúgios participa do 2º Workshop do Projeto Harpia Mata Atlântica

  • Foto do escritor: Equipe UR
    Equipe UR
  • há 18 horas
  • 3 min de leitura
Equipe do Projeto Harpia durante o evento | FOTO: Leonardo Merçon
Equipe do Projeto Harpia durante o evento | FOTO: Leonardo Merçon

Entre os dias 1º e 5 de dezembro de 2025, o Instituto Últimos Refúgios participou, na Reserva Natural Vale, em Linhares (ES), do 2º Workshop do Projeto Harpia: Viabilidade Populacional, Qualidade de Habitat e Perspectivas para Translocação na Mata Atlântica. O evento reuniu pesquisadores de referência, parceiros institucionais e profissionais de diferentes áreas do conhecimento para discutir o futuro da harpia (Harpia harpyja) na Mata Atlântica.


O encontro teve como objetivo central construir, de forma coletiva, estratégias concretas para evitar o colapso populacional da espécie na Mata Atlântica.


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Ao longo de cinco dias de trabalho, os participantes reconheceram que a situação da harpia é preocupante, principalmente no norte da Mata Atlântica, especialmente nas florestas de tabuleiro do sul da Bahia e norte do Espírito Santo, onde são monitorados os únicos ninhos ativos da espécie conhecidos em todo o bioma.


Análises apresentadas e debatidas durante o workshop indicam que, diante da fragmentação florestal, da redução de presas, da caça, da eletrocussão em redes de energia e de outros impactos antrópicos, a espécie pode desaparecer do norte da Mata Atlântica nas próximas décadas, caso medidas efetivas não sejam adotadas.

Apresentação do projeto Harpia durante o workshop | FOTO: Leonardo Merçon
Apresentação do projeto Harpia durante o workshop | FOTO: Leonardo Merçon

Idealizadores, realizadores e apoiadores do Workshop

O 2º Workshop reforçou o papel do Projeto Harpia Mata Atlântica como uma das iniciativas dedicadas à conservação das grandes águias florestais no Brasil. Coordenado pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), o projeto atua de forma integrada, combinando pesquisa científica, formação de profissionais, articulação institucional, comunicação e sensibilização ambiental.


A realização do workshop também evidenciou a importância das parcerias institucionais, com destaque para a Reserva Natural Vale, que sediou o encontro, além de universidades, institutos de pesquisa, organizações da sociedade civil e financiadores que acreditam na ciência como caminho para a conservação.


O evento integrou o subprojeto Asas da Mata Atlântica, coordenado pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) em parceria com o Instituto Últimos Refúgios, e financiado pelo Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (FUNBIO).

Reserva Natural Vale preparada para o evento | FOTO: Leonardo Merçon
Reserva Natural Vale preparada para o evento | FOTO: Leonardo Merçon

Ciência aplicada para decisões urgentes

O workshop foi estruturado a partir de eixos temáticos estratégicos, que abordaram desde a análise da qualidade e conectividade dos habitats, passando por modelos de Análise de Viabilidade Populacional (AVP), até discussões aprofundadas sobre resgate, reabilitação e translocação de indivíduos.


Pesquisadores e técnicos como Tânia Margarete Sanaiotti (INPA), Aureo Banhos (UFES), Ana Carolina Loss (UFES), Charles Gladstone Duca Soares (PUC-Minas), Paulo Quadros de Menezes (UFES), Maria Cristina Valdetaro Rangel (UFES), José Eduardo Mantovani (INMA), Andrea Siqueira Carvalho (UFMG), Francisca Helena Aguiar-Silva (INPA), Mylena Kaizer (UFES), José Alves da Costa Filho (UFES), Antônio Eduardo Araújo Barbosa (CEMAVE/ICMBio), Ygo Silvestre (IEMA), Frederico Drumond (ICMBio), Eliton Limas (ICMBio), Leornardo Merçon (Últimos Refúgios), entre outros especialistas convidados, contribuíram com dados, experiências de campo e reflexões técnicas fundamentais para embasar as decisões discutidas.


Estratégias discutidas para evitar a extinção local

Entre os principais pontos debatidos ao longo do workshop estão a necessidade de:

  • Manter e restaurar áreas-chave de floresta, garantindo conectividade entre fragmentos;

  • Aprimorar o monitoramento populacional, por meio de tecnologias como telemetria, genética da conservação e acompanhamento de ninhos;

  • Avaliar, com rigor científico, a viabilidade de translocação como estratégia complementar em áreas com habitat e capacidade suporte adequado, onde a espécie foi extinta ou comporta a suplementação de indivíduos;

  • Fortalecer ações de manejo e resposta a emergências, como resgates e reabilitação de indivíduos;

  • Ampliar o diálogo com setores estratégicos, incluindo comunidades locais, empresas, áreas protegidas e o poder público.


Essas discussões resultaram na construção coletiva de uma proposta técnica que servirá de base para os próximos passos do Projeto Harpia Mata Atlântica, orientando ações de curto, médio e longo prazo.

Fotos: Leonardo Merçon


Chamado à ação

As análises apresentadas apontam que, sem ações coordenadas e baseadas em evidências científicas, a harpia pode deixar de fazer parte da paisagem da Mata Atlântica.

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O 2º Workshop foi um marco de alinhamento estratégico, reafirmando o compromisso coletivo de pesquisadores e parceiros em trabalhar para que a harpia continue voando nas florestas brasileiras.




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