EDUCAÇÃO AMBIENTAL
“Nunca pare de tentar mudar o mundo, mesmo que inicialmente não obtenha sucesso, pois você pode tocar o coração de uma criança que vai mudar!”
- Ilka Westermeyer -
O Espírito Santo abriga uma rica biodiversidade de espécies animais e vegetais da Mata Atlântica, que o Instituto Últimos Refúgios procura compartilhar com as pessoas por meio de fotos e vídeos.
O fotógrafo Leonardo Merçon, presidente e criador da ONG (Organização Não Governamental), desde criança, sempre prestou muita atenção no comportamento dos animais e das plantas e, à medida que ele foi crescendo, seu interesse, respeito e amor pela natureza se tornaram tão grandes que ele decidiu fazer disso, a sua profissão e seu motivo de luta.
Em 2011, ele decidiu criar o Instituto Últimos Refúgios, uma ONG que, por meio de fotos e vídeos, procura compartilhar com outras pessoas, um pouco do que conhece, sabe e aprende em suas incursões pela mata. Nessas viagens, além das belezas, cada vez mais, problemas graves e sérios são registrados, como desmatamento, caça ilegal, incêndios criminosos, venda ilegal de animais silvestres, atropelamentos, entre outros.









Hoje, 88% da área verde de Mata Atlântica do Espírito Santo, habitat de inúmeros animais, não existem mais. É por isso que o nosso nome é Últimos Refúgios. Assim, sempre que alguém fala o nosso nome, lembra que precisa fazer algo para tudo não acabar de vez.
Porque você sabe, se não existe mata, não existe vida, pois é na floresta que brota a água que formam os rios; que os bichos moram, se alimentam e se reproduzem; é de lá que vem uma porção de coisas que a gente consome no dia a dia, e é por causa da floresta também que temos as chuvas. Você já deve ter ouvido por aí que a situação das secas e da falta de água é muito séria... É mesmo, pode acreditar.
Com o pouco que a gente lhe contou até agora, você já deve ter percebido como preservar as áreas verdes ao nosso redor e tudo que nelas vive e delas vem é importante, não é mesmo?
E é por essa razão que uma porção de gente que gosta da natureza e quer que o planeta seja um lugar melhor para todos, por muito e muito tempo, junta-se a nós na luta pela conservação. Alguns doam seu tempo sendo voluntários, outros colaborando com recursos financeiros, outros apoiando nossos projetos e outros tantos nos ajudam mudando hábitos que prejudicam o meio ambiente e compartilhando as boas práticas e a possibilidade de um mundo melhor para todos.
Você tabém pode ajudar. E foi por isso que a gente preparou joguinhos! Com eles, você conhecerá alguns animais que talvez ainda não teve a oportunidade de conhecer.
O jogo da memória traz algumas espécies que correm o risco de desaparecer se as pessoas não se conscientizarem de que precisam ajudar, cuidando melhor do nosso planeta.
Com as máscaras, você poderá se fantasiar do bichinho que preferir. Convide sua família e outros amigos para brincarem com você, em casa, na escola, na igreja, na rua... Ajude o Instituto Últimos Refúgios na luta para salvar a natureza.




Ouriço-cacheiro
O ouriço tem essa aparência “espinhosa”, mas é muito “gente” boa. Conhecido também como “porco-espinho arborícola”, é um mamífero roedor, tem hábitos noturnos e só existe aqui no Brasil (é uma espécie endêmica). Infelizmente, por causa da caça predatória e da destruição do seu habitat natural, ele está ameaçado de extinção. Se você quer ajudar o Ouriço-cacheiro, comece a mudar hábitos que não são legais, como jogar lixo em lugar inapropriado, e conte para o maior número de pessoas o que você aprendeu. O Ouriço-cacheiro e toda a turma da mata agradecem.
Jaguatirica
Parece uma oncinha, não é? Mas é uma Jaguatirica! Essa espécie costuma viver sozinha, é bastante territorial, ou seja, “cuida do seu pedaço pra ninguém se aproximar”, e tem hábitos noturnos. Alimenta-se, preferencialmente, de roedores.
As fêmeas dão à luz geralmente um filhote por vez, e esse é um dos motivos pelos quais precisamos ajudar essa espécie, que já foi muito caçada para comércio ilegal de peles (É claro que é brincadeira, mas imagina se alguém quisesse a sua pele pra fazer uma bolsa, você gostaria?? Claro que não!). Você sabe, sem fêmeas, não há reprodução e sem reprodução, a espécie se extingue. Quer ajudar a Jaguatirica? Plante árvores, economize água e mude hábitos que não são legais. Depois, convide o maior número possível de pessoas a fazer o mesmo. A Jaguatirica e toda a turma da mata agradecem.
Cachorro-do-mato
Parece com alguém que você conhece? Achou que fosse um cachorro? E é, mas um Cachorro-do-mato! Como o próprio nome já diz, vive na floresta, é selvagem e, portanto, lá ele deve ficar. Também conhecido como “Guaraxaim”, alimenta-se de frutas, ovos, répteis e pequenos mamíferos. Tem sido ameaçado de extinção pelo ataque de cães domésticos, pela redução dos espaços verdes devido à agricultura e por atropelamentos nas estradas. Quer ajudar esse “cara”? Convença o maior número de pessoas possível a respeitar a velocidade limite nas estradas. Assim, se um Cachorro-do-mato ou qualquer outro animal silvestre estiver cruzando a pista, dará tempo de parar. O Cachorro-do-mato e toda a turma da mata agradecem.
Preguiça
Tenho certeza de que assim como nós, você acha a Preguiça uma simpatia, não acha?
A Preguiça também é um bicho bastante curioso! Sabia que elas nunca bebem água extra, pois a quantidade de que necessitam para viver é absorvida do próprio alimento que ingerem? E tem mais, que fazem xixi e cocô apenas a cada 7 ou 8 dias?? Imagina você! Essa espécie aí do lado é a Preguiça-de-coleira, que vive somente na Mata Atlântica, e está ameaçada de extinção. Puxa vida, mais uma espécie correndo o risco de desaparecer! Você pode ajudar. Como? Pedindo ao maior número de pessoas possível para respeitar a velocidade limite nas estradas. Assim, se uma Preguiça estiver, calma e lindamente, desfilando pela pista, dará tempo de parar o veículo. A Preguiça e toda a turma da mata agradecem.
Tamanduá-mirim
Que narigão ele tem! E que pelagem linda! Também chamado “Tamanduá-colete”, essa é uma espécie solitária, de hábitos diurnos ou noturnos. Alimenta-se de formigas e cupins, preferindo as formigas “reprodutoras” e não “soldado”. Quando está com filhotes, a fêmea costuma carregá-los nas costas até que possam se cuidar sozinhos, mas algumas vezes, deixam-nos em "ninhos". Essa belezura também está ameaçada por conta de caça alimentar, venda como animal de estimação (acredita?), ataque de cães domésticos, queimadas e atropelamento nas rodovias. Você pode ajudar o Tamanduá-mirim, explicando para todos os seus amigos o que você aprendeu aqui com a gente. Diz para todo mundo que é uma espécie muito importante e que precisamos dela para o equilíbrio ambiental. O Tamanduá-mirim e toda a turma da mata agradecem.



