Saíra-apunhalada, ave mais rara do Espírito Santo, ganha novo projeto de conservação

A saíra-apunhalada (Nemosia rourei), ave rara e criticamente ameaçada de extinção, é a grande protagonista do novo programa de conservação do Instituto Marcos Daniel: O PCSA - Programa de Conservação Saíra-apunhalada.

Anunciada na última sexta-feira (5), Dia Mundial do Meio Ambiente, a iniciativa atuará no desenvolvimento de pesquisas científicas, ações de educação e sensibilização ambiental, engajamento comunitário e apoio ao ecoturismo. O objetivo é garantir a sobrevivência de uma das aves mais raras do mundo, considerada extinta por mais de 10 anos.

As atividades se concentrarão na região serrana do Espírito Santo, principalmente na Mata de Caetés entre Vargem Alta, Castelo e Domingo Martins, onde a espécie tem sido observada. O local, que integra o corredor ecológico entre os parques de Pedra Azul e Forno Grande, é um remanescente da Mata Atlântica com grande biodiversidade, essencial à preservação de aves e outras espécies ameaçadas de extinção.

O projeto também prevê atividades na região do Caparaó, em Minas Gerais, Conceição de Castelo, Santa Tereza e Itarana.

A saíra-apunhalada é a primeira ave endêmica do Espírito Santo a ter um programa exclusivo de conservação. Foi avistada em raras ocasiões ao longo da história, permitindo que o novo projeto contribua com pesquisas e dados científicos sobre esta espécie ainda pouco estudada, de acordo com políticas públicas do Plano de Ação Nacional das Aves da Mata Atlântica do ICMBio.

O Programa de Conservação Saíra-apunhalada é uma iniciativa do Instituto Marcos Daniel em parceria com a TCC - Transmissora Caminho do Café/Alupar com apoio da Reserva Águia Branca e Instituto Últimos Refúgios.

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