- Juliana Mota
UR e IMD fazem expedição científica em Coroa Vermelha, na Bahia
O Instituto Últimos Refúgios (UR) embarcou em uma aventura científica com o Instituto Marcos Daniel (IMD) em Coroa Vermelha, na Bahia, no último mês de setembro, e fez o registro de todo o processo. A pesquisa teve como objeto de estudo a Chelonia Midas, também conhecida como tartaruga verde.
A pesquisa consistiu em capturar o animal, coletar o sangue, fazer medições e observar o seu estado de saúde. Os dados dessa coleta foram utilizados para analisar como está a saúde da população das tartarugas verdes naquela região.
Durante a expedição, os pesquisadores constataram que 50% dos animais que foram capturados estavam debilitados, o que gerou um alerta, pois pode estar acontecendo algo atípico naquela região. “As tartarugas são bioindicadores, elas indicam se o ambiente está bem ou não, a gente identificou que as tartarugas não estão bem, ou seja o ambiente em que elas estão também não está bem”, afirmou o fotógrafo Leonardo Merçon.
O próximo passo agora é criar um projeto de pesquisa para entender o que está causando essa debilidade nos animais. De acordo com Merçon, é necessário identificar o que está acontecendo, pois a saúde enfraquecida das tartarugas pode afetar os humanos no futuro, além de ter outras diversas consequências.
Para ajudar no custeio da pesquisa a expedição foi aberta ao público. Para participar, turistas pagaram uma taxa e puderam desfrutar da grande biodiversidade da ilha. Foram dois dias acampados em um local remoto, sem água encanada e há 4 horas de distância da costa.
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